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Reinaldo Eckenberger - Uma poética do excesso.

  • Foto do escritor: Ricardo Franco II
    Ricardo Franco II
  • 5 de jan. de 2016
  • 2 min de leitura

Em comemoração aos 50 anos de trajetória no Brasil, a exposição Reinaldo Eckenberger - Uma poética do Excesso fará um panorama das diversas fases e linguagens do artista. A mostra foi pensada como uma grande instalação, que integra obras das diversas fases da carreira de Eckenberger.

A exposição investirá no acúmulo exagerado de obras, de forma a traduzir as ideias de desmesura e desmando. As diferentes fases da obra do artista não serão organizadamente dispostas. Convivendo no mesmo espaço, linguagens, técnicas, suportes e materiais distintos irão integrar-se, demonstrando que apesar da diversidade, o princípio do excesso une as experimentações.

Reconhecida e premiada no cenário artístico baiano e brasileiro, a trajetória profissional de Eckenberger que também passa por galerias e museus europeus, inicia-se em Salvador com a emblemática exposição "Luxo e Lixo, Lixo e Luxo" (1966), considerada por Juarez Paraíso a primeira mostra de arte pop realizada na Bahia. Tributária das vanguardas dadaístas, expressionistas e surrealistas, a poética excessiva de Eckenberger dialoga com as proposições dos artistas da chamada pop art, que na década de 60 dedicaram-se a colagem de objetos do cotidiano. Em permanente conversa com o nosso contexto cultural, o artista evoca ainda o barroco. O humor, nas raias de uma brutalidade irônica, é outro aspecto definitivo em Eckenberger, o que nos permite também pensar a obra do artista no contexto da tradição figurativa latino-americana.

Atraído pelo barroco, Reinaldo Eckenberger, artista argentino (naturalizado brasileiro) chegou na capital baiana em 1965. O contexto artístico e cultural favorável garante a permanência definitiva dele na cidade. Na Bahia, onde passa a trabalhar e viver, o artista constrói uma trajetória intensa e coerente de mais de 50 anos que pode ser dividida em três grandes fases. Na fase das assemblagens, entre 1966 e 1971, dedica-se exaustivamente a colagem de objetos do cotidiano - lixo plástico, santos de gesso - que passam a povoar superfícies bidimensionais e compor objetos tridimensionais. Entre 1976 e 2000, o artista experimenta as potencialidades de materiais moles - veludos, cetins, borlas, rendas - na criação de uma série de bonecos de tecidos. Em 1994 inicia-se a fase que se estende até os dias de hoje e resulta em mais de 600 objetos híbridos produzidos a partir da união da cerâmica com porcelana kitsch ou ainda "made in china". Em paralelo as experimentações em diversos materiais, o artista também produz desenhos, pinturas, gravuras.

Curadoria: Luciana Accioly e Claudius Portugal


 
 
 

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